[Resenha] Estilhaça-me - Tahereh Mafi

Avaliação: 3.5/5 

Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.

Sei que no início de uma resenha você pode colocar uma primeira perspectiva ou impressão, bem por cima, o que o levou a lê-lo, mas não consigo pensar em nada de muito interessante. Por que eu li Estilhaça-me? Pelo fato que em abril vai lançar a sua continuação, e pra lê-la eu precisava ler o primeiro. Então, bem, pedi emprestado e li. Agora vamos ao que importa. 
Juliette tem 17 anos e há 264 dias não vê nem fala com ninguém. Não sabe o que faz lá. Querem matá-la? Apenas aprisioná-la? Torturá-la? Desde pequena é rejeitada por aparentemente ser um monstro. Seus únicos companheiros são seus pensamentos e seu caderninho de anotações. Até que um dia chega alguém na sua cela. Um garoto. Por que ela acha que o conhece de algum lugar? E como lidar com o fato de que ele não pode tocá-la, já que pelo contrário poderia ser letal?

A primeira coisa que me chamou atenção e o fato que eu mais gostei de todo o livro foi: a forma de escrita da autora. Sim, ela risca palavras, o que realmente não é comum. Repete-as sem se importar com a ausência de vírgulas, dando intensidade ao que quer passar. Para alguns pode ser irritante, mas pra mim foi uma forma de realmente demonstrar os sentimentos da personagem, e fez com que eu me colocasse no lugar dela, a entendesse, e tentasse sentir como se fosse eu que estivesse vivendo a história. Imagino como deve ter sido difícil para uma criança ser rejeitada até mesmo pelos próprios pais, e depois de crescida, ter que aguentar alguém lhe falando que você é um monstro e que você nasceu assim. Que o seu destino é ser ruim.

Na capa, há um comentário de Lauren Oliver em que há uma palavra: sensual. E realmente, esse livro é sensual. Até demais. Há um necessidade animalesca dos personagens por toques, beijos, e apesar do contexto da história, continua tendo (para mim), uma carga... erótica? Talvez não com essa palavra, mas sensual. Isso. Quem acompanha minhas resenhas há algum tempo, deve saber qual a minha opinião: eu não concordo com a 'falta de controle' apresentada em alguns livros por parte dos personagens. Às vezes dá pra deixar passar, mas nesse caso, foi muito salientada pra que fosse deixada de lado.

A história em geral tem sim umas semelhanças com X Men, algo que de alguma forma me incomoda. Não sei, talvez algumas pessoas nem tenham lembrado disso, mas por referências anteriores de outros blogueiros, foi meio difícil que eu não me recordasse.

Em uma análise geral, posso dizer que gostei do livro. Me provocou expressões de surpresa, e estou esperando pela continuação! Espero que tenham gostado da resenha.

Informações sobre o livro:
Título: Estilhaça-Me
Autor: Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Páginas: 304
Adaptações cinematográficas: Direitos vendidos para Fox.







9 comentários:

  1. Parabéns pela resenha Clara! Estou ansiosa para ler Estilhaça-me! Beijo!

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  2. Eu gosto bastante desse livro, mais por causa do romance do que o enredo e a construção da sociedade. Se não fosse pelo romance talvez não fosse gostar tanto, maaas... não consigo evitar um bom romance! :P
    Beijos!

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    1. HAHAHA cada qual com seu gosto! Obrigada pelo comentário! :D

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  3. Ual, que jeito diferente da autora escrever. Parece ser interessante e dar um toque especial, mesmo. Não li esse livro ainda e apesar do burburinho que ele causa, não sei se irei ler.
    Beijão,
    Nic

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  4. Oi Clara, esse livro está na minha estante há tanto tempo que até já havia esquecido. Dei um tempo nos sobrenaturais e talvez por isso tenha esquecido dele, mas agora a NC lançará continuação e eu preciso ler ele logo. Espero gostar.

    Beijos
    Caline - Mundo de Papel

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