[Resenha] A Culpa é das Estrelas - John Green


Avaliação: 3/5

A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

Hazel tem 16 anos e sofre com o câncer. Seus pulmões se enchem de água, e ela não consegue respirar naturalmente. De acordo com seu médico, está numa depressão profunda, e sua mãe quer urgentemente que ela viva, então a obriga a ir à um grupo de apoio. E é onde ela conhece Augustus Waters, ou Gus. Já podem deduzir, não é? Eles se apaixonam.

Não entendi por que tanto amor por esse livro. Uma pessoa falou que gostava da simplicidade da escrita do autor. Outras choraram. Talvez a personalidade e as piadas de Hazel e Gus tenham ajudado nesse amor tão profundo por esse livro, mas alguns pontos de vista deles simplesmente não batiam com os meus, e as piadas e questionamentos sobre a vida acabaram não fazendo sentido pra mim. Resumindo, eu não me identifiquei com os personagens. Eles viviam meio ao "acaso", e pra mim que acredito em Deus, não havia como me identificar. Porque pra eles, talvez, o mundo seja um livro sem respostas. Mas algumas das perguntas eu tenho respondidas pela minha religião. Gus pensa uma coisa, Hazel pensa outra. Mas eu provavelmente nunca me casaria ou namoraria com alguém com a religião diferente da minha. Isso porque não acredito que ela seja apenas um "acessório", mas um estilo de vida. Mas isso sou eu.

Não me debulhei em lágrimas, não me apaixonei pelo casal, e definitivamente, fiquei no time do contra. Não achei o livro essas coisas todas, e quando terminei, foi tipo: "é isso? Acabou?". A história passou rápido demais, e eu não percebi nada de grandioso nela. Achei que talvez tivesse sido minha velocidade de leitura, mas não fui a única que leu rápido (acho que li em 2 dias, que pra um livro dessa finura, nem é tão rápido assim), mas fui a única que não gostei. Refletindo agora, eu nem sei bem o que achei desse livro. Sei que dei 3 estrelas. Não é muito bom, nem é ótimo. É bom. Eu acho. É um livro que fala sobre duas pessoas que sofrem com o câncer e têm que lidar com isso. E é triste. Claro que é.

Não vou negar que me emocionei ou fiquei mexida em alguns momentos. Relações pai e filha conseguem me tocar um pouco. No caso, o pai da Hazel que chorava muito. Eu sou louca pelo meu pai, mas não estou apaixonada e nunca me apaixonei de verdade, então fica bem mais fácil achar mais emocionante os trechos relacionados a essa relação. Durante a leitura tentava me colocar no lugar da Hazel, e imaginar como deve ser legal ter alguém que gosta mesmo de você, mas foi isso. 

Minha resenha ficou longa e talvez tenha dado voltas e voltas, mas... é.Talvez um dia eu releia o livro e me sinta mais tocada, né? Ou talvez eu simplesmente seja do contra. O que as pessoas gostam, eu não gosto tanto assim. E o que as pessoas não ligam muito, eu ligo. Quero ler mais livros do John Green e ver o que acho. Não posso julgar um autor por apenas um livro, correto?

Informações sobre o livro
Título: A Culpa é das Estrelas
Título original: The Fault in Our Starts
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Skoob
Preço: Cultura - Saraiva - Submarino - Leitura - Estante Virtual
Adaptações cinematográficas: De 2014, estrelado por Shailene Woodley e Ansel Elgort.






8 comentários:

  1. Uma pena que você não tenha gostado, mas por um lado talvez até seja bom já que é o livro "modinha" de agora e esse seja o seu diferencial, haha. Concordo que depende muito dos gostos e etc para se apaixonar pelo livro (meu caso).
    Beijo,
    Nic

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  2. Olá, Clara, tudo bem? É uma pena mesmo você não ter gostado do livro, eu não posso dizer muito, afinal, ainda não o li. Estou numa mania interminável de começar um livro, abandonar mesmo que seja bom e começar outro e assim, todas as minhas leituras estão atrasadas. Fiz o mesmo com esse, mas tinha gostado das três páginas que li. É estranho ver uma resenha negativa já tendo visto milhares de positivas, mas é bom para comparar e criar coragem e ler. É como você disse, depende muito da sua vivência e do seu gosto literário. Só não entendi uma coisa, quando citou religião, não entendi exatamente o que quis dizer. Enfim, tenha uma ótima semana. - Felipe (A Hora do Livro)

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    1. Oi, Felipe! Obrigada pelo comentário :)
      Quis dizer que em alguns trechos do livro os personagens dão a entender que a vida é uma "droga", tratam as coisas com pessimismo, e eu não me identificava com eles. E se eles tinham alguma dúvida sobre algo relacionado ao mundo - pra onde vamos após a morte, por exemplo -, eu não me identificava, por tê-las respondidas pela minha religião :)

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  3. Oi, Clara.
    Bom, esta é uma das primeiras resenhas negativas que vejo do livro, ele possui muitas críticas positivas que o tornaram um sucesso. Contudo, não tenho uma opinião formada sobre a obra, tendo em vista que ainda não o li. Eu sei que irei gostar da narrativa do autor, já que a premissa da obra é muito interessante!

    Espero lê-lo ainda este ano e ver se a minha opinião, se aproxima da sua.

    Um beijo, http://umleitoramais.blogspot.com.br/

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  4. Clara, não li esse livro, mas li "Quem é você, Alasca?" que foi o primeiro livro do John Green e gostei muito. Tem gente que idolatra muito, talvez seja por ele ter um canal no YouTube com o irmão. Acredito que o tema desse livro foi crucial para comover o pessoal e fazerem gostar tanto assim, também via muito ele no Tumblr e algumas outras outras redes sociais.

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